Autora: Adriana Moreira
Ilustrações: Carlinhos Müller
Ano: 2010
Editora: Belas Letras
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A resenha de hoje trás a divertida
história de um Jiló, sim exatamente aquele fruto amargo que a gente faz cara
feia quando colocam em nosso prato... E, talvez seja por esse motivo que ele
passa a trama tentando se tornar uma azeitona.
Você alguma vez já pensou em ser outra
pessoa? Já sofreu com a “tal” crises de identidade? Nosso amigo Jiló não se
conformava em ser um fruto rugoso e amargo. Afinal de contas ele se considerava
tão doce.
Pois é, a identidade é algo extremante
importante e cada um desenvolve a sua. É
por meio da identidade pessoal que somos reconhecidos! É como se fosse uma
marca registrada com características próprias e singulares. Aos poucos, ela vai
se construindo a partir do momento que começamos a tomar consciência de quem somos
de nossos desejos etc. Porém, em alguns momentos, passamos por determinadas
situações conflitantes que acabam por nos desestabilizar, gerando: a crise de
identidade.
Em, Como Deixar de Ser Amargo João
Jiló, para tentar estabilizar o seu Eu
vai se desfaça de azeitona! Mas, a partir de situações cômicas narradas no
livro, ele vai descobrir que ser uma azeitona não é algo tão maravilhoso como
dantes saltava a seus olhos, e dessa forma, ele resolve se conhecer melhor,
pesquisar sobre seus benefícios para a saúde e até consegue encontrar receitas
que o fazia ficar saborosíssimo. Pesquisa vai pesquisa vem não que o danado do
fruto fundou um grupo de autoajuda?
A jornalista Adriana Moreira, autora
do livro, em uma entrevista para um programa de TV chamado Sem Censura, comentou
que a história do livro auxilia as crianças com uma mensagem positiva para
aceitar a si mesmo, a se conhecerem melhor e também como forma de ajuda com a
boa alimentação. A contracapa do livro faz uma analogia do texto com aquelas
palestras de autoajuda. Mas, para mim, eu sinto, na escrita da autora uma
pontada de sátira com relação ao “seja o que você quiser”. Sim, você pode ser o
que quiser, contudo, de acordo com suas competências. A final de contas um Jiló
nunca será uma azeitona.
E vocês, já leram essa história
hilária? O que acharam? Compartilhem suas experiências nos comentários.
Beijos e até a próxima