Autor: Ransom Riggs
Editora Leya, 2015
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O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças
peculiares foi um
livro que despertou meu interesse de imediato por conter uma capa fúnebre que faz menção a uma história de terror cabeluda. Sim, eu compro
livros pela capa e não, o livro está longe de ser um terror daqueles escritos por Stephen King. Mas, além da capa, o que também me chamou
bastante atenção foram as imagens contidas no livro. São gravuras assustadoras
e estranhas que não estão ali por acaso, pelo contrário, foi
a partir dessa coletânea de figuras anônimas que Ransom Riggs, autor do livro, compôs
sua narrativa. Acontece que Ransom, desde pequeno colecionava fotos bem características
e tentava imaginar as histórias por trás das imagens. É certo que as figuras ajudaram bastante na
composição do livro, mas o enredo cheio de aventura, mistério e fantasia também
garantiu o sucesso do livro entre o público jovem adulto.
O livro nos trás a história de Jacob Portman,
um jovem entre 15 e 16 anos de idade que sofre todos os dramas existenciais de
adolescentes nessa faixa etária. Com um
pai frustrado por ser um escritor fracassado e uma mãe soberba e fútil, Jacob
encontra em seu avô, Abraham Portman todo carinho e atenção que necessita. Vovô Portman costumava contar a seu neto
histórias sobre épocas remotas lá do País de Gales onde morou por um tempo. Ele era um judeu refugiado
da 2º guerra mundial e viveu em um orfanato que, segundo Sr Portman, fora projetado para manter as crianças a
salvo de monstros! Lá o Sol brilhava sempre e nunca ninguém morria ou adoecia. Era
um lugar maravilhoso que acolhia crianças especiais, ou seja, com peculiaridades que as faziam diferente das demais. Além das histórias, vovô
Portman também mostrava a seu neto fotos do orfanato e de seus amigos
peculiares que, diga-se de passagem, eram difíceis de serem dadas como
verdadeiras. Assim, todos diziam que os relatos do pobre velho eram falsos; inclusive
Jacob depois de crescido deixara de acreditar nas histórias de seu avô. Mesmo porque, há alguns dias vovô Abraham começara a
agir de uma maneira bem estranha.
Infelizmente o avô de Jacob morrera de
uma maneira muito triste e trágica e, como ultimo pedido, ele pede para o neto encontrar
o orfanato o qual crescera a fim de avisar aos moradores do grande perigo que estava por vir.
A partir daí a história começa a se
desenrolar e nos surpreender com momentos de grandes reviravoltas que, a meu ver, fazem uma analogia com os indivíduos que são perseguidos, de alguma forma, pelo grupo social que estão inseridos. Sendo assim, não se pode
negar que a narrativa do autor, embora tenha sido cansativa para mim, é boa e lúdica.
Não é atoa que o diretor Tim
Burton transformou a história do livro em filme. Mas, não se enganem, livro e filme
divergem em muitos aspectos. Dessa forma, recomendo que assistam ao filme e leiam o
livro também.
Beijos e até a próxima.
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