segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Análise de Filmes III

               3.  Kiriku e a Feiticeira
Na África Ocidental conta-se a história de um menino pequenino cujo nascimento foi um tanto quanto incomum, pois nasceu sozinho; sim, o menino simplesmente saiu do corpo de sua mãe sem ajuda de ninguém e ainda sabendo andar, falar e fazer todas as coisas que uma pessoa já desenvolvida faz.
Essa é a história de Kiriku, um pequeno guerreiro, corajoso e sagaz que tem como missão salvar sua aldeia das maldades de Karabá uma feiticeira que, segundo rumores havia secado a fonte de água, roubado o ouro da aldeia e atraído os homens para alimentar-se deles.
Como toda história existe dois lados, o pequenino queria entender o que levou Karabá a fazer tantas maldades e, com ajuda de sua mãe, decide procurar um velho sábio para desvendar esse mistério.
No decorrer de sua missão Kiriku foi ensinando às pessoas valores inestimáveis e descobriu verdades que mudarão por completo o rumo dessa história. 

                                                                                   Veja ao filme 
                                                                        

 A história de Kiriku é uma lenda Africana que utilizei como exemplo de recurso para a introdução do tema, pois a partir do filme, podemos promover debates e discussões que nos levarão a reflexões significativas. 


Dicas pedagógicas:
Quando eu era criança, todas as vezes que  ouvia falar sobre a África o que vinha na minha cabeça de “fantástico mundo de Bob” eram animais, como, girafa, elefantes, hipopótamos, zebra, leão e todos os bichos que podemos encontrar no filme O rei Leão. Eu digo isso, porque na época em que estudava as referencias trazidas pela professora de todo um continente se resumia a animais e pintura dos mesmos e na apresentação do filme para a turma. Não questiono o filme, pois, além de ser um dos meus filmes favoritos, acho um incrível recurso pedagógico se bem utilizado. O que eu quero dizer com esse pequeno fato da minha infância é que eu não tive experiências significativas com relação ao tema e que foi difícil compreender mais tarde o TODO que me foi exposto de maneira bem superficial somente para cumprir o conteúdo.
Com a Lei Nº10. 639 torna obrigatório o ensino da história da África e dos Afro-brasileiros no ensino fundamental e médio em todo país e, portanto ouve muitas mudanças nos materiais didáticos para se adequarem aos novos conteúdos inseridos no currículo. Partindo desse ponto, gostaria de refletir com vocês pequenas ações que poderão dar sentido ao ensino da história Africana para seus alunos.

·         Não empreguem em suas aulas os conteúdos da cultura afro-brasileira de maneira superficial.  Para que se tenha um projeto satisfatório e completo é necessária muita dedicação nas pesquisas sobre o tema. Professoras, precisamos colocar a mão na massa e nos dedicar bastante às pesquisas para que possamos obter a construção de um conhecimento sólido e concreto capaz de grandes reflexões. 
·         Comece demostrando para os alunos as influencias que o Brasil sofreu por meio dessa cultura e que nos beneficiamos dela frequentemente; o trabalho é melhor e mais significativo quando as crianças se veem fazendo parte da história e que esta, está inserida em seu cotidiano e podemos encontra-la, por exemplo, em nosso idioma, na pronuncia de algumas palavras como, bagunça, moleque, gangorra; na religião com o candomblé predominante na Bahia; na culinária na qual encontramos o caruru, acarajé, vatapá e a nossa deliciosa feijoada e também nas brincadeiras como pega-pega. Exponha aos alunos uma cultura na qual eles façam  parte e estão inseridos como ser atuante.

Depois que vocês assistirem ao filme deixe nos comentários o que acharam da trama e como vocês pretendem trabalhar com seus alunos. Vamos compartilhar nossas experiências,
afinal não somos detentores do saber, não é mesmo?
 Beijos e até a próxima.                                

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