sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Especial de Natal - Um Conto de Natal

Ah o natal... Época do ano em que todas as pessoas ficam mais emotivas e generosas, humildes e bondosas! Só que não, a resenha de hoje, traz um personagem que, de longe é o ser mais amargo e áspero que já seu ouviu falar.
Um Conto de Natal é uma história que, com certeza é conhecida por muitos, pois além de livros existem filmes, desenhos animados, quadrinhos e muitas outras adaptações.

Ebenezer Scrooge é um velho avarento e solitário que odeia o natal e vive acumulando riquezas e cobrando impostos altíssimos sem se compadecer da miséria de ninguém.
E só por curiosidade o Tio Patinhas ou (Uncle Scrooge) personagem da Disney foi inspirado no ambicioso Ebenezer Scrooge. 


Bem, é noite de natal e Scrooge está passando sozinho em casa, mas, como ele detesta o natal, tudo bem ficar sozinho, afinal, para ele, o natal é uma data boba e sem importância que só serve para alavancar o consumo e arrancar dinheiro das pessoas. Porém, à noite, quando estava prestes a dormir, Ebenezer Scrooge recebe a vista de um fantasma que, em vida, era sócio dele. O fantasma vem com a missão de alerta Scrooge ao que iria acontecer com ele caso continuasse sendo mesquinho e avarento, pois ele próprio quando estava vivo era mal e rancoroso, tratava todos de forma horrenda e agora padecia punições póstumas.
Assim, o fantasma avisa para Ebenezer que, naquela mesma noite, mais três fantasmas iria visitá-lo: O Espirito do Natal Passado; O Espirito do Natal Presente e O Espirito do Natal Futuro. A partir da visita desses fantasmas o velho Scrooge irá passar por diversas situações em que o que está em jogo é a salvação de sua alma. 

Dizem que Charles Dickens, autor da trama, escreveu a histórias às pressas porque precisava de dinheiro para pragar algumas dívidas, porém  sem duvidas, Um Conto de Natal é uma obra emocionante e reflexiva, afinal de contas, quando a pessoa nasce para rei, nunca perde a majestade e tudo o que faz fica bom, inclusive, transcende gerações.
E é por isso que indico todas as adaptações  desse clássico!
Beijos e até a próxima

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Especial de Natal - O Estranho Mundo de Jack

Olá, gente

Dezembro chegou e trouxe junto consigo uma data muito especial! Sim o natal. E é claro que o Notas e Saber não vai perder a oportunidade de fazer um Especial de Natal para o blog!
Que tal começarmos tomando nota de um filme natalino que é um tanto quanto peculiar, mas não deixa de transmitir a magia do natal?
Vamos lá...


Essa é a história de Jack Skellington. Conhecido como O Rei das Abóboras ele habita na Cidade do Halloween. Neste fantástico mundo, os moradores, tais como: fantasmas, monstros, vampiros, bruxas, zumbis entre outros, vivem se preparando para a chegada do dia das bruxas, pois eles são responsáveis por todos os sustos e travessuras da data em questão.  Um dia Jack se cansa da mesmice de sua cidade e, fascinado pelas luzes e objetos natalinos, resolve que seria responsável pelo natal.
Assim, trama um plano para raptar o “Papai Cruel”, e usurpar o seu lugar nas festividades natalinas.
Esse Jack é fogo mesmo! Será que as pessoas irão ver, em vez do famoso trenó do bom velhinho sendo puxado pelas renas, o incrível Jack montado em um caixão sendo puxado por renas esqueléticas? Que horror! 

Mas, O Rei das Abóboras não era tão malvado assim, ele só estava cansado de viver sempre a mesma coisa todos os anos e sempre e sempre e sempre!  Quem nunca?

Como será que essa história vai terminar?

Não precisa dizer que esse filme é maravilhoso e contém uma trilha sonora incrível, além de ter sido produzido pelo incrível Tim Burton. Gente, essa é minha opinião de espectadora tá! Não sou critica de cinema, mas, gosto de compartilhar com vocês alguns filmes que, acredito ser legal e divertido para assistir com toda família.
Esse é um deles!
Beijos e até a próxima 

domingo, 18 de dezembro de 2016

Resenha - A Revolução dos Bichos

Autor: George Orwell
Editora - Companhia das Letras, 2007
A Revolução dos Bichos é uma fábula satírica protagonizada por animais que, cansados da tirania do patrão Sr. Jones resolvem se rebelar contra ele e qualquer humano que fosse. Os animais queriam condições de vida melhor, que todos tivessem os mesmos direitos e deverem, queriam ser livres e trabalhar para seus próprios fins. Assim, expulsam Sr. Jones da Granja do Solar, mudaram o nome para Granja dos Bichos e acabam por fazer suas próprias regras, estas, pautadas no Sistema Animalista.
Tudo ia bem, mas, em certa ocasião as coisas começaram a mudar de figura. Os porcos, que eram vistos como os mais inteligentes da fazenda, acabaram assumindo o poder e se tornaram uma espécie de “patrões” dos animais. Estes, seja por serem pouco inteligentes para entender o que de fato estava acontecendo ou por terem medo das represálias do novo líder, acabaram por permitir novamente um sistema opressor, mas, desta vez, advindo dos próprios “camaradas”.  
Ao ler esta obra, temos a sensação de estar lendo aquelas famosas fábulas de Esopo, porém contrapondo-se a elas, esta história nos revela um final triste e chocante, afinal nos retrata uma sociedade marcada por profundas injustiças sociais fazendo analogia à Revolução Russa. Qualquer um que saiba um pouco sobre a história de tal revolução, certamente perceberá  algumas semelhanças contidas no enredo. 
Ao contrário do que muitos acreditavam, ou acreditam, George Orwell, autor de A Revolução dos Bichos não era contra o socialismo, ele próprio se dizia socialista. O que Orwell quis nos mostrar em sua obra era que a União Soviética havia distorcido o conceito de socialismo. 
“De fato, a meu ver, nada contribuiu tanto para a corrupção da idéia original de socialismo quanto a crença de que a Rússia é um país socialista...” (Orwell, 2007, p.145)
Tal fato é verídico que este trecho fora extraído do prefácio que o próprio Orwell escrevera. Vale ressaltar, também, que o personagem Napoleão, o porco que acaba virando o líder cruel da Granja dos Bichos é descrito de forma muito parecida ao líder da União Soviética, Josef Stalin. Ele também era tirano e cruel com seus oponentes. 
Mas, como nada são flores, durante a Guerra Fria, o ocidente passou a usar a fábula de George Orwell como arma ideológica anticomunista. Dá para acreditar?  
A Revolução dos Bichos possui uma leitura gostosa, envolvente e inteligente. É uma história de fácil compreensão, pois o autor queria que qualquer pessoa pudesse compreendera-la e que sua obra fosse facilmente traduzida para todas as línguas.

E se vocês gostaram desse brevíssimo relato, recomendo muitíssimo essa leitura, acredite, ela vai te surpreender.
Beijos e até a próxima.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Resenha - Dom Casmurro

Autor: Machado de Assis

Sabe aquelas conversas que a gente escuta, por acaso, seja no ponto de ônibus ou sentados no banco do metrô que nos envolve de uma maneira tão grande que, mesmo sem querer a gente começa a dar uma atenção maior, inclina os ouvidos para ouvir com mais clareza os detalhes e chega até sentir vontade de entrar na conversa e participar do dialogo, mas, as pessoas simplesmente descem do ônibus e a gente fica sem saber direito o que aconteceu ao certo na história. E o que nos resta?  Começar a imaginar situações que se encaixem nos trechos ouvidos da conversa alheia. 
Se isso nunca aconteceu com vocês, meus parabéns porque comigo acontece muito. Não que eu seja curiosa, mas é que sempre gostei de ouvir história..rs!  E hoje, a resenha é de um clássico da literatura brasileira que se encaixa perfeitamente nessa alegoria citada acima.
O cenário é o Rio de Janeiro no século XIX. Época das mansões e palacetes na qual a aristocracia participava de bailes, atividades culturais e levava uma vida pautada no estilo europeu. E é nesse ambiente que Bento Santiago começa a relatar a história de sua vida. Mas, evidentemente o interesse dele não é somente nos apresentar sua biografia, na verdade o foco de tudo é nos relatar sobre seu relacionamento com certa moça chamada Capitu.
Logo no começo de sua narrativa Bento ou Bentinho nos revela a origem de seu apelido “Dom Casmurro” e que serviu de inspiração para o titulo de seu livro. Foi dentro de um trem, um rapaz começou a recitar versos ao lado de Bento, este, porém, cansado, cerrou os olhos por instantes. Bastou para que o rapaz se zangasse e lhe colocasse o apelido  de Casmurro. No entanto, segundo o narrador, não devemos levar o apelido no sentido descrito no dicionario, porém, como sendo ele um senhor introspectivo. Logo após a explicação, Bento começa a narrativa falando sobre sua infância passando para juventude, o curso de direito, o casamento com Capitu, o nascimento de seu filho, a relação conturbada com seu amigo Escobar e, em fim a duvida da fidelidade de sua esposa.
Haja vista que Dom Casmurro nos relata que aos poucos, começa a perceber certas semelhas entre seu filho e o amigo Escobar além de descreve Capitu como uma mulher sedutora, inteligente, astuta e envolvente desde sua mocidade. “Capitu, apesar daqueles olhos que o diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada”. Ao passo que ele, sempre foi muito ingênuo e inocente. Será?
O fato é: houve traição ou não? Quem é que sabe não é mesmo!
Afinal de contas o livro é narrado por Bentinho que nos descreve somente a sua versão da história, e ele acredita piamente na traição de sua esposa o qual era apaixonado desde a infância. Mas não devemos esquecer que ele é Advogado e, portanto, pode nos envolver com discursos tendenciosos omitindo ou acrescentando algumas informações caso quisesse.
Quando a gente lê Dom Casmurro devemos lembrar que não conhecemos todos os lados da história muito menos os personagens verdadeiramente, afinal quem é que nos descreve a história mesmo? Exato, Bento Santiago, um senhor amargurado e carrancudo. Será essa a verdadeira razão do titulo de seu livro? Para essas perguntas e indagações não teremos a resposta correta, pois, como no exemplo citado, os passageiros desceram do ônibus e a gente ficou somente com meias verdades. 
Dom Casmurro faz parte da fase realista de Machado de Assis e é um clássico que vale muito a pena ler; lembrando também que é uma leitura cobrada no vestibular.
Beijos e até a próxima