sábado, 22 de abril de 2017

Resenha - Como Deixar de Ser Amargo


Autora: Adriana Moreira 
Ilustrações: Carlinhos Müller
Ano: 2010
Editora: Belas Letras
A resenha de hoje trás a divertida história de um Jiló, sim exatamente aquele fruto amargo que a gente faz cara feia quando colocam em nosso prato... E, talvez seja por esse motivo que ele passa a trama tentando se tornar uma azeitona.

Você alguma vez já pensou em ser outra pessoa? Já sofreu com a “tal” crises de identidade? Nosso amigo Jiló não se conformava em ser um fruto rugoso e amargo. Afinal de contas ele se considerava tão doce.
Pois é, a identidade é algo extremante importante e cada um desenvolve a sua.  É por meio da identidade pessoal que somos reconhecidos! É como se fosse uma marca registrada com características próprias e singulares. Aos poucos, ela vai se construindo a partir do momento que começamos a tomar consciência de quem somos de nossos desejos etc. Porém, em alguns momentos, passamos por determinadas situações conflitantes que acabam por nos desestabilizar, gerando: a crise de identidade.
Em, Como Deixar de Ser Amargo João Jiló, para tentar estabilizar o seu Eu vai se desfaça de azeitona! Mas, a partir de situações cômicas narradas no livro, ele vai descobrir que ser uma azeitona não é algo tão maravilhoso como dantes saltava a seus olhos, e dessa forma, ele resolve se conhecer melhor, pesquisar sobre seus benefícios para a saúde e até consegue encontrar receitas que o fazia ficar saborosíssimo. Pesquisa vai pesquisa vem não que o danado do fruto fundou um grupo de autoajuda? 
A jornalista Adriana Moreira, autora do livro, em uma entrevista para um programa de TV chamado Sem Censura, comentou que a história do livro auxilia as crianças com uma mensagem positiva para aceitar a si mesmo, a se conhecerem melhor e também como forma de ajuda com a boa alimentação. A contracapa do livro faz uma analogia do texto com aquelas palestras de autoajuda. Mas, para mim, eu sinto, na escrita da autora uma pontada de sátira com relação ao “seja o que você quiser”. Sim, você pode ser o que quiser, contudo, de acordo com suas competências. A final de contas um Jiló nunca será uma azeitona.
E vocês, já leram essa história hilária? O que acharam? Compartilhem suas experiências nos comentários.
Beijos e até a próxima