sexta-feira, 31 de março de 2017

Resenha - Loney


A narrativa dessa trama entrelaça passado e presente na qual Smith descreve, minuciosamente, o que viveu, anos atrás, em um lugar chamado Loney e pequenos fragmentos de seus dias atuais. Ambos perturbadores.

Na Páscoa, um grupo de religiosos, incluindo a família Smith, seguia para processão em Loney, um estranho pedaço de terra que transmitia aos fieis uma representação religiosa muito forte. Ali, eles acreditavam que poderiam, por meio de sua fé, obter curas e milagres.   A Família de Smith, precisamente sua mãe, acreditava fidedignamente na cura de seu filho caçula que não se sabe o motivo, mas, apresenta dificuldade no desenvolvimento da fala.  Assim, ano após ano leva o pequeno Hanny ao mesmo lugar sagrado a fim de conseguir sua cura. Porém, dessa vez, coisas estranhas acontecem em Loney e acabam por abalar psicologicamente aquelas pessoas.
"Era impossível conhecer de verdade o Loney. O lugar mudava a cada afluxo e recuo das águas, e as marés revelavam os esqueletos daqueles que pensaram que poderiam escapar das suas traiçoeiras correntes. Ninguém jamais chegava perto da água. Isto é, ninguém exceto nós.” 

Diferentemente do que imaginava Loney não é um livro de terror propriamente dito. Em certos momentos até se revela cenas mais sombrias, porém, não são esses detalhes que nos chamam atenção.  A história segue uma linha tênue entre a fé, aqui mostrada como fanatismo religioso e superstições exageradas da parte da mãe dos irmãos Smith e o ceticismo demostrado pelo  padre Wilfred e pelo próprio narrador.

É fato que este livro não é do tipo que agrade a todos, pois, além de ser uma leitura lenta não é direto e sua narrativa fica nas entrelinhas. Assim, convida o leitor a fazer o exercício de preencher as lacunas encontradas na história.

Não me julguem!  Essa leitura não foi uma das minha favoritas , talvez tenha sido pelo fato de que estava cheia de expectativas com relação à ela; afinal de contas autores renomados haviam tecido maravilhas sobre a obra de Andrew Michael Hurley. Eu estava ansiosa para mergulhar de cabeça nos mistérios e ações sombrias que esse suspense psicológico prometera revelar. E no fim... Bem, senti falta de uma história sem muitas pontas soltas. 
Em fim só lendo para que vocês tirem suas próprias conclusões.

 É isso. Beijos e até a próxima ....Tchau 

quinta-feira, 23 de março de 2017

A Bela e a Fera

A história de A Bela e a Fera todo mundo conhece né? É certo que há uma ou outra diferença no enredo, mas, a natureza é a mesma. Uma bela jovem que, para salvar a vida de seu pai, sacrifica-se como prisioneira no castelo de uma terrível Besta. a moça  acaba se apaixonando por seu horrendo carrasco que, na realidade é um príncipe enfeitiçado. Ahhh...uma história de amor e tanto! Agora coloque um pouco de "Bibidi-Bobidi-Bu" e temos um dos clássicos mais emocionantes produzido pela Disney. 
Mas, e a versão original?
Bem, devo confessar que até então não havia parado para pensar nisso, até que descobri uma coleção de bolso da editora Zahar contendo duas versões dessa obra: a original e a clássica.
A versão clássica da história é aquela que estamos acostumados a encontrar por ai seja em filmes, desenhos animados e musicais. Foi escrita em 1756 por Madame Beaumont, uma escritora francesa que apresentou, em uma de suas séries de antologias de histórias, uma versão mais compacta do conto: A Bela e a Fera, este publicado em 1740 por Madame de Villeneuve.
A trama original é muito rica em detalhes e vai além das apresentações habituais. Aqui, conhecemos melhor a história da Fera e de sua amada Bela, há uma descrição ampla sobre os familiares de ambos, além de ser um conto apresentado para um publico mais adulto, não pelo fato de se tratar de uma história pesada, mas, por conter um enredo que é mais fácil de ser absorvido por um publico mais velho, diferentemente da versão  infantil de Madame Beaumont.
A Bela e a Fera é e sempre será um dos meus contos favoritos e, saber que havia uma versão original, mais detalhada da história me fez vibrar. ADORO!
E vocês, ficaram com vontade de ler a história original? 
Ah, somente por curiosidade a editora Zahar tem uma edição de bolso chamada Contos de Fadas que também trás a história clássica contada por Madame Beaumont e, diga-se de passagem, é um livro que vale a pena ter.

É isso pessoal. Beijos e até a próxima.